Marcos Combate (AGIR) critica filas de até 7 horas, falta de médicos e problemas de infraestrutura - Foto: Marcelo Gladson/ Primeiro Minuto
Destaques do discurso de Marcos Combate:
- Superlotação nas UPAs: “Na UPA Sul, são quatro ou cinco médicos. Três ficam na sala vermelha quando chegam casos graves, e sobra dois para atender mais de 300 pessoas. Isso é justo com a população de Porto Velho?”Contexto citado no plenário:
- Falta de respostas da Secretaria: O vereador criticou a ausência de ações mesmo após o estado de emergência, que permitiria acelerar contratações para a saúde.
- Impacto da crise econômica: Com a perda de planos privados, mais usuários dependem da rede municipal, “que está lotada e sem medidas corretivas e preventivas”.
- Infraestrutura precária: Marcos citou o posto José Adelino “há mais de um mês sem ar-condicionado na recepção”, o que teria afetado a triagem. Também criticou o prédio alugado na Zona Leste, “pequeno e com custo alto”, incapaz de atender a demanda, o que, segundo ele, sobrecarrega a UPA Sul e a unidade “Dona Adelaide”.
- Cobrança por contratações e pagamentos: “Qual a dificuldade de contratar mais médicos, enfermeiros e técnicos? Médicos estão trabalhando há mais de 15 dias sem receber.” Ele questionou por que não houve concurso público, ampliação de contratos terceirizados ou contratação emergencial.
- Política e gestão: O vereador afirmou que o secretário de Saúde estaria de saída para disputar as eleições e criticou o que chamou de “gestão TikTok”, alegando que não houve melhora significativa nos atendimentos.
Aparte de Macario Barros (UB):
Em resposta, o vereador Macario Barros reconheceu as críticas e pontuou que a saúde municipal “está parada há mais de 20 anos”, destacando que não é possível reverter o quadro “em um, dois ou três anos”. Ele defendeu:
- Reforço da Atenção Básica: “Quando a rede básica funciona, desafoga as UPAs.”
- Produtividade: Sugeriu pagamento por produtividade a médicos e enfermeiros para elevar volume e qualidade de atendimentos.
- Limitações de gestão: Disse que o secretário tem formação médica e administrativa, mas depende de outras pastas, como Administração e Planejamento, para contratar e estruturar serviços. “Precisamos de muito mais do que 500 agentes de saúde e mais profissionais em geral”, afirmou.
- Estado de emergência decretado no fim de fevereiro, que, segundo os vereadores, deveria acelerar contratações e aquisição de insumos.
- Denúncias de atrasos em pagamentos a médicos e alegações de contratos e estruturas inadequadas na Zona Leste.
- Picos de demanda nas sextas-feiras, domingos e segundas-feiras, com relatos de filas extensas e equipes insuficientes.
O que está em jogo para a saúde de Porto Velho:
- Desafogar as UPAs com fortalecimento da Atenção Básica e pronto-atendimento.
- Contratação emergencial e/ou concurso público para médicos, enfermeiros e técnicos.
- Regularização de pagamentos a profissionais e avaliação de contratos terceirizados.
- Melhoria de infraestrutura em unidades como José Adelino e na Zona Leste.
- Transparência da Secretaria de Saúde sobre planejamento, metas e prazos.
Fonte: Primeiro Minuto


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