Lixo se acumula até em frente ao Tribunal de Contas de Rondônia

Lixo se acumula em frente aos prédios da ALE, TCE, TJ e MP - Fotos: Marcelo Gladson / O Observador

Porto Velho, Rondônia -  A coleta de lixo em Porto Velho vive um colapso visível. Contêineres lotados, sacos espalhados pelas calçadas e mau cheiro são cenas que se repetem em diversos bairros, distritos e, agora, até em áreas consideradas nobres da capital.

A situação ganhou destaque após uma reportagem AO VIVO da REMA TV, conduzida pelo repórter Sérgio Gomes, que comprovou o acúmulo de lixo em frente ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), órgão responsável por fiscalizar contratos públicos, inclusive o contrato da coleta de lixo.

A empresa responsável pelo serviço, EcoPVH, contratada recentemente pela Prefeitura de Porto Velho, não está conseguindo cumprir a coleta regular dos resíduos sólidos, segundo a reportagem.

“É lixo por todos os lados. Contêineres lotados, lixo no chão e mau cheiro forte. E isso aqui é próximo à Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas”, relatou Sérgio Gomes, ao vivo.❗ Situação crítica em frente ao Tribunal de Contas

Durante a transmissão, a equipe da REMA TV mostrou:
-contêineres transbordando;
-lixo sendo jogado no chão por falta de espaço;
-chorume escorrendo com a chuva — líquido tóxico e com odor forte;
-risco à saúde de pedestres, servidores públicos e moradores.

A equipe reforçou que, mesmo em uma região de alta circulação de autoridades, a coleta não está sendo realizada.

“Isso aqui é uma afronta. Se nem o Tribunal de Contas tem coleta, imagina nos bairros”, criticou o apresentador João na bancada do telejornal.Segundo a reportagem, há dúvidas sobre a atuação dos órgãos responsáveis:

Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO), que orientou a prefeitura no processo de contratação da empresa de coleta;
Poder Judiciário, que já suspendeu contratos anteriores com empresas de lixo;

Prefeitura de Porto Velho, que anunciou que a coleta seria normalizada em 48 horas.

A REMA TV cobrou transparência:

“Cadê o cronograma de coleta? Cadê a notificação do Tribunal de Contas para a EcoPVH? A população paga imposto e não recebe o serviço.”Nos bairros e distritos, a reclamação é a mesma:
-lixo acumulado por vários dias;
-moscas e mau cheiro;
-moradores colocando sacos dentro de carros para tentar achar um contêiner vazio.

Moradores denunciam riscos à saúde, proliferação de insetos e falta de acessibilidade — cadeirantes e pedestres são obrigados a desviar do lixo nas calçadas.

O prefeito Leonardo Moraes informou que a EcoPVH recebeu orientações técnicas e está sendo acompanhada, mas ainda não divulgou o cronograma oficial de coleta, como determina a legislação e os órgãos de controle.

Fonte: O Observador