Argentina segue vendendo dólares para segurar o peso. JPMorgan deixa de divulgar o risco país argentino em tempo real por decisão técnica. // Imagem: reprodução/X
Porto Velho, RO - A pressão sobre o mercado de câmbio argentino voltou a subir nas últimas sessões, e o governo de Javier Milei voltou a intervir vendendo dólares para tentar conter a disparada do peso.
Mesmo com o discurso de livre flutuação, desde meados da última semana o Banco Central tem atuado como braço financeiro do Tesouro, despejando entre 450 e 480 milhões de dólares na segunda-feira, na quinta intervenção consecutiva do tipo.
O movimento revela o momento delicado do equilíbrio cambial diante da forte demanda por divisas e da limitada folga nas reservas internacionais, que os agentes monitoram com rigor.
A demanda por dólar por parte de pessoas físicas permanece forte. Fontes consultadas pelo jornal La Nación indicam que os compradores depositam mais de 60% dos dólares comprados nas suas contas bancárias, comportamento que ameniza parcialmente o efeito sobre a liquidez externa.
Simultaneamente, o balanço das intervenções oficiais está sendo acompanhado como termômetro político e econômico, sobretudo em um cenário pré-eleições legislativas no fim desse mês e ansiedade por anúncios externos, como o apoio americano anunciado pelo próprio governo Trump.
Outro ponto crítico ganhou força esta semana foi uma decisão técnica e simbólica: a Argentina foi removida do índice EMBI+ do banco JPMorgan, o que faz com que o indicador de risco país deixe de ser informado em tempo real e passe a ser divulgado só ao final de cada dia.
A justificativa é que os papéis da dívida reestruturada em 2020 já completaram cinco anos, prazo limite para participação no índice.
Apesar de seguir incluída nos índices mais amplos, essa mudança tira clareza do acompanhamento minuto a minuto por investidores e reforça a sensação de isolamento financeiro e de menor transparência, justamente em um momento de tensão.
Somando o cenário de um câmbio sob estresse, as intervenções oficiais constantes e o apagão do risco país em tempo real, cria-se um cenário mais volátil e incerto.
A estratégia oficial tem variado entre segurar o peso e evitar um descontrole repentino, enquanto os mercados tentam decifrar os próximos passos a espera de boas notícias.
Mesmo com o discurso de livre flutuação, desde meados da última semana o Banco Central tem atuado como braço financeiro do Tesouro, despejando entre 450 e 480 milhões de dólares na segunda-feira, na quinta intervenção consecutiva do tipo.
O movimento revela o momento delicado do equilíbrio cambial diante da forte demanda por divisas e da limitada folga nas reservas internacionais, que os agentes monitoram com rigor.
A demanda por dólar por parte de pessoas físicas permanece forte. Fontes consultadas pelo jornal La Nación indicam que os compradores depositam mais de 60% dos dólares comprados nas suas contas bancárias, comportamento que ameniza parcialmente o efeito sobre a liquidez externa.
Simultaneamente, o balanço das intervenções oficiais está sendo acompanhado como termômetro político e econômico, sobretudo em um cenário pré-eleições legislativas no fim desse mês e ansiedade por anúncios externos, como o apoio americano anunciado pelo próprio governo Trump.
Outro ponto crítico ganhou força esta semana foi uma decisão técnica e simbólica: a Argentina foi removida do índice EMBI+ do banco JPMorgan, o que faz com que o indicador de risco país deixe de ser informado em tempo real e passe a ser divulgado só ao final de cada dia.
A justificativa é que os papéis da dívida reestruturada em 2020 já completaram cinco anos, prazo limite para participação no índice.
Apesar de seguir incluída nos índices mais amplos, essa mudança tira clareza do acompanhamento minuto a minuto por investidores e reforça a sensação de isolamento financeiro e de menor transparência, justamente em um momento de tensão.
Somando o cenário de um câmbio sob estresse, as intervenções oficiais constantes e o apagão do risco país em tempo real, cria-se um cenário mais volátil e incerto.
A estratégia oficial tem variado entre segurar o peso e evitar um descontrole repentino, enquanto os mercados tentam decifrar os próximos passos a espera de boas notícias.
Fonte: O Antagonista//José Inácio Pilar


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