No Caribe, permanece ancorado um destacamento militar americano integrado por navios, aviões e submarinos que dispararam contra embarcações saídas das costas venezuelanas, suspeitas de transportar drogas. // Reprodução/Instagram
Porto Velho, RO - Nicolás Maduro assegurou na quarta-feira, 8 de outubro, que o exército venezuelano não ficará de braços cruzados caso os Estados Unidos ataquem militarmente seu país: “Se os gringos atacarem, responderemos”, disse ele, durante a inauguração de um hospital em Caracas.
No Caribe, permanece ancorado um destacamento militar integrado por navios, aviões e submarinos que dispararam contra embarcações saídas das costas venezuelanas, suspeitas de transportar drogas.
Marco Rubio, o secretário de Estado, insistiu que Maduro está por trás desses carregamentos que têm como destino solo americano, e por isso deve ser deposto e colocado à disposição das autoridades judiciais de seu país.
O Governo chavista teme ser atacado e por isso tem enviado tropas para a fronteira e treinado a população em táticas militares.
EUA são uma ameaça real?
Inicialmente cética, a cúpula chavista pensava que era apenas uma manobra de Washington para forçá-los a negociar sua saída do poder, mas à medida que os dias passam, a ameaça parece-lhes cada vez mais real.
O ditador venezuelano não costuma se dirigir diretamente a Trump nas suas manifestações. Rubio, a quem culpa por envenenar Trump para direcioná-lo a uma guerra, é o principal alvo de suas críticas.
Dessa vez, no entanto, ele lhe fez uma referência indireta: “Pode alguém acreditar que ele é o imperador do mundo e se propor a governar o mundo? Não. Um presidente é eleito para governar seu país”.
Aproximações e retaliações
No início do ano, um assessor de Trump, Richard Grenell, foi encarregado de se aproximar do chavismo e chegar a alguns acordos, como manter a licença petrolífera da Chevron, realizar uma troca de prisioneiros e acertar as deportações de venezuelanos.
Maduro e Jorge Rodríguez, seu principal operador político, aceitaram e acreditaram ter assinado a paz com Washington. A longo prazo ficou claro que não foi assim.
Trump, conforme publicado pelo The New York Times, ordenou interromper todo contato diplomático com o chavismo. Neste momento são duas nações sem diálogo e à beira de uma escalada militar.
Fraude eleitoral
Maduro nunca apresentou provas de que havia ganhado as eleições presidenciais do ano passado, apesar de isso ter sido solicitado por instituições internacionais e até mesmo por países aliados como Brasil ou Colômbia.
A oposição, ao contrário, apresentou atas que foram verificadas e validadas, que mostravam uma vitória confortável do candidato apoiado por Maria Corina Machado, o diplomata Edmundo González Urrutia.
Fonte: O Antagonista


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