A palestra destacou a necessidade de que o operador possua registro junto ao Mapa para a operacionalização do drone
Porto Velho, RO - Com o objetivo de orientar produtores, estudantes e empresários do ramo da agricultura, sobre os cuidados e obrigações na utilização de aeronaves remotamente pilotadas (drones) no campo, o governo de Rondônia promoveu uma oficina técnica sobre o tema, nesta terça-feira (21), no pavilhão da Bovinocultura, durante o segundo dia da 11ª Rondônia Rural Show Internacional, que está acontecendo no Centro Tecnológico Vandeci Hack, em Ji-Paraná.
A oficina, promovida pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), chama a atenção para as normas da Portaria nº 298, de 22 de setembro de 2021, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e da Lei Estadual nº 5.567, de 22 de junho de 2023, que estabelece regras para operação de drones destinados à aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, umas das principais funções da Idaron é a orientação, e não apenas a fiscalização, abordando temáticas em conversas com o setor produtivo.
De acordo com o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha, o curso leva conhecimento sobre temas que estarão presentes no dia a dia dos futuros profissionais. “As oficinas atendem a uma função importante da Agência, na orientação sobre assuntos ligados à defesa agropecuária inseridos no Programa de Educação Sanitária”, pontuou.
OFICINA
A oficina foi ministrada pelo engenheiro agrônomo da unidade da Idaron em Cacoal, Cleto Simão de Souza, e abordou questões como a operação dos drones, ressaltando que os operadores devem possuir registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), mediante requerimento no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro), além de cadastro como prestador de serviço na aplicação de agrotóxicos junto à Idaron.
Foram apresentadas as regras que objetivam dar segurança ao uso do equipamento na agricultura
Segundo Cleto Simão, o drone é uma tecnologia que já está presente em muitas áreas e profissões e, pouco a pouco, tem sido introduzido na agricultura, tanto para monitoramento de área quanto para aplicação de agrotóxico. “Tanto o produtor quanto o profissional que pilota o drone devem observar as normas que regulam a produção, comércio, transporte, uso, armazenamento, aplicação, fiscalização, tipificação das penalidades, bem como, a destinação final dos resíduos e embalagens dos agrotóxicos e seus componentes”, explicou.
Durante a oficina foram apresentadas as regras que objetivam dar segurança ao processo de pulverização de agrotóxicos, evitando a contaminação do meio ambiente e prejuízos financeiros e à saúde de terceiros. Uma dessas regras, diz respeito à distância mínima de povoações, que é de 20 metros, bem como, agrupamentos de animais e de mananciais de captação de água para abastecimento da população, inclusive de reservas legais e áreas de preservação permanente.
A estudante do curso de medicina veterinária, Isabele Vondorov destacou que a oficina foi muito proveitosa, “principalmente no que se refere às operações de pulverização, que contam com diversas regras importantes, e que devem ser respeitadas pelo operador do drone”, ressaltou.
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