Segundo o IBGE, país registra 6 milhões de desempregados e renda média recorde de R$ 3.507, consolidando o mercado de trabalho em patamar estável - Foto: Divulgação
De acordo com o IBGE, o número de pessoas em busca de emprego foi estimado em 6 milhões, o menor contingente já registrado. A redução foi de 3,3% em comparação com o trimestre até junho e de 11,8% em relação ao mesmo período de 2024 — o que significa menos 809 mil brasileiros desempregados em um ano.
A população ocupada atingiu 102,43 milhões de pessoas, próxima do recorde histórico de 102,44 milhões, registrado em julho. O nível de ocupação ficou em 58,7%, também um dos mais altos da série.
Mercado de trabalho mantém força, mas ritmo de crescimento desacelera
Segundo o diretor de pesquisa macroeconômica do Banco Pine, Cristiano Oliveira, os dados indicam uma acomodação no ritmo de expansão do emprego. “O mercado de trabalho vem mostrando perda gradual de fôlego, influenciado pelo aperto das condições financeiras e pelas incertezas globais”, avaliou.
A coordenadora de pesquisas do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que o aumento da renda tem ajudado a sustentar o consumo e a demanda por mão de obra. “A renda em alta estimula o consumo, o que mantém a taxa de desemprego em patamares baixos, mesmo com juros elevados”, explicou.
Renda média atinge recorde
A renda média real do trabalhador chegou a R$ 3.507 por mês até setembro, o maior valor já registrado desde o início da pesquisa. Embora a variação em relação ao trimestre anterior tenha sido modesta (0,3%), o aumento acumulado em um ano foi de 4%.
Setores que mais geraram empregos
Entre os setores que impulsionaram a ocupação, destacam-se:Por outro lado, houve retração em setores como comércio e reparação de veículos (-1,4%, ou menos 274 mil postos) e serviços domésticos (-2,9%, ou menos 165 mil).
Agricultura e pecuária, com 260 mil novas vagas (+3,4%);
Construção civil, que ampliou em 249 mil o número de trabalhadores (+3,4%);
Administração pública, saúde e educação, com aumento de 210 mil ocupados (+1,1%).
Polêmica na divulgação
A publicação dos dados foi antecedida por um episódio envolvendo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que divulgou a taxa de desemprego no X (antigo Twitter) antes do horário oficial do IBGE. O post foi apagado minutos depois, e o ministério informou que houve “erro de publicação”.
Perspectivas para o fim do ano
Com o fim de 2025 se aproximando, o economista Igor Cadilhac, do PicPay, projeta que o desemprego encerre o ano em 5,5%, impulsionado pelas contratações temporárias de fim de ano e pelo aumento do consumo.
Fonte: Notícias ao Minuto


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