Porto Velho, RO - A demarcação ocorre após relatos de confrontos no território. Moradores da Cidade de Gaza relataram estar confusos sobre a localização exata da linha, estabelecida pelo acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o grupo terrorista Hamas no início de outubro.
Escavadeiras operadas pelas forças armadas de Israel foram vistas rebocando grandes blocos de concreto ao longo da "linha amarela", a zona de ocupação militar em Gaza, nesta segunda-feira (20).
As imagens foram divulgadas pelo Ministério da Defesa do país. Não há indicação do local exato ou a data em que as imagens foram feitas.
Segundo o ministro Israel Katz, da Defesa, a linha é um aviso a "terroristas do Hamas e residentes de Gaza de que qualquer violação ou tentativa de cruzar a linha será respondida com fogo".
Eles terão um poste de 3,5 m de altura, também amarelo, afixados em cima, para que fiquem visíveis à distância.
A demarcação ocorre após relatos de confrontos em Gaza que testam a força do acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
Disparos israelenses mataram três pessoas perto de uma linha de cessar-fogo em Gaza nesta segunda-feira, disseram à agência Reutersmédicos que atuam no território
O incidente, no subúrbio de Tuffah, na Cidade de Gaza, foi o mais recente na "linha amarela" que demarca a retirada militar israelense das principais áreas povoadas dentro de Gaza, alimentando novos temores entre os moradores de Gaza.
Autoridades de saúde locais, controladas pelo Hamas, disseram que disparos de tanques israelenses mataram três pessoas. O exército israelense disse que as forças atiraram contra militantes que cruzaram a linha amarela para eliminar a ameaça.
Testemunhas relataram posteriormente bombardeios de tanques israelenses na região central da Faixa de Gaza, a leste de Deir al-Balah.
Moradores da Cidade de Gaza disseram estar confusos sobre a localização da linha, já que as marcações físicas ainda não foram estabelecidas ao longo da maior parte do trajeto.
Bombardeio no domingo
Israel voltou a bombardear o território palestino no domingo (19) em retaliação a um ataque do Hamas a militares israelenses.
O governo israelense afirmou que aviões atacaram alvos no sul de Gaza após o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, ordenar uma "forte retaliação" aos supostos ataques do grupo terrorista, que romperia a trégua vigente. Em comunicado, o Hamas negou que tenha atacado militares israelenses dentro da Faixa de Gaza.
O governo local, controlado pelo Hamas, disse que 33 pessoas morreram no ataque.
A nova escalada é a primeira grande ameaça ao cessar-fogo entre as duas partes, implementado há quase dez dias com base em um acordo promovido pelos Estados Unidos que também permitiu o retorno dos reféns a Israel.
Em paralelo, o Hamas anunciou ter encontrado mais um corpo de um refém morto em cativeiro — cuja devolução é um dos pontos do acordo entre as duas partes, mas disse que pode interromper a entrega dos corpos caso Israel siga com os bombardeios.
Duas testemunhas palestinas disseram no domingo à agência de notícias AFP que foram registrados confrontos em uma parte da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, ainda sob controle de Israel, seguidos por dois ataques aéreos.
Segundo uma das testemunhas, os "aviões de combate efetuaram dois ataques aéreos em Rafah, em uma zona sob controle militar israelense".
Outra testemunha afirmou que antes dos ataques ocorreram "confrontos" entre membros do movimento islamista palestino Hamas e outro grupo armado palestino, também em uma zona "sob controle militar israelense".
Por sua vez, o oficial israelense, que não confirmou os ataques aéreos, afirmou à AFP que combatentes do Hamas haviam atacado as forças de Israel em uma zona sob controle do país, com tiros e um lança-granadas.
O oficial acrescentou que o fato representa "uma violação flagrante do cessar-fogo".
A trégua que entrou em vigor em 10 de outubro na Faixa de Gaza persiste, mas desde então foram registrados vários incidentes com mortes de cidadãos palestinos.
O Hamas também denunciou "diversas violações" ao cessar-fogo por parte de Israel, incluindo a morte de 37 pessoas por tiros das forças israelenses desde o início do cessar-fogo.
Fonte:G1



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