RÚSSIA: “Putin decidiu permanecer intransigente”, diz embaixador dos EUA na Otan

Segundo o diplomata, Putin não quer demonstrar fraqueza e, portanto, conta com o prolongamento do conflito. // Reprodução

Porto Velho, RO - Matthew Whitaker, embaixador dos EUA na Otan afirmou que Vladimir Putin não demonstra atualmente nenhuma disposição para negociar a paz, de acordo com

A comunidade internacional deve, portanto, aumentar ainda mais a pressão sobre Moscou, explicou Whitaker em uma conferência em Riga, conforme noticiado pela emissora pública letã LSM.

Putin não quer demonstrar fraqueza e, portanto, conta com o prolongamento do conflito, enfatizou o diplomata:

“Muitas vezes esperamos que tudo aconteça imediatamente — que alguém ligue e cheguemos a um acordo. Mas, desta vez, Putin decidiu permanecer intransigente e devemos continuar a aumentar a pressão. É exatamente isso que está acontecendo agora”, disse Whitaker.

Kremlin acusa Ucrânia de bloquear negociações de paz

O Kremlin, no entanto, acusou a liderança ucraniana de interromper as negociações de Istambul sobre um possível acordo de paz:

“Estão em pausa devido à relutância do regime de Kiev em responder de qualquer forma às questões que levantamos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Pavel Zarubin, correspondente da televisão estatal pró-Kremlin.

A Ucrânia não respondeu a um rascunho de documento apresentado. Também não respondeu à proposta de criação de três grupos de trabalho.

A Rússia está muito otimista quanto ao espírito de Anchorage, mas o desenvolvimento de Kiev não é positivo, disse Peskov. Moscou espera que o presidente dos EUA, Donald Trump, mantenha a vontade política para um acordo de paz.

Trump e o líder do Kremlin, Vladimir Putin, se encontraram em Anchorage, Alasca, em meados de agosto, mas a cúpula não produziu resultados tangíveis em direção a um acordo de paz rápido.

A Rússia vem travando uma guerra destrutiva de agressão contra a Ucrânia há mais de três anos e meio.

Delegações de Moscou e Kiev se reuniram diversas vezes para negociações diretas em Istambul, Turquia, a partir de maio. Desde então, houve diversas trocas de prisioneiros e corpos de soldados.

No entanto, as negociações não resultaram em um acordo de paz imediato. Moscou insistiu em exigências máximas que correspondem a uma capitulação em termos inaceitáveis para Ucrânia.

Fonte: O Antagonista