
O governo jamaicano decretou estado de emergência e evacuação obrigatória na capital Kingston
O governo jamaicano decretou estado de emergência e evacuação obrigatória na capital Kingston e em cidades como Porto Real. Cerca de 900 abrigos foram abertos para receber a população. Os aeroportos internacionais da ilha foram fechados, e equipes de emergência trabalham para reforçar áreas de risco.
O furacão deve tocar o solo jamaicano na madrugada de terça-feira (28), seguindo em direção a Cuba e Bahamas até quarta-feira.
“Kingston é uma cidade muito baixa e nenhuma comunidade está imune a inundações. Não brinquem com Melissa — ela não é uma aposta segura”, alertou Desmond McKenzie, vice-presidente do Conselho Jamaicano de Gestão de Desastres.
O NHC prevê chuvas de até 76 cm na Jamaica e marés de até 4 metros na costa sul, o que pode causar inundações catastróficas e deslizamentos de terra. No Haiti, a tempestade já deixou três mortos e destruiu hectares de plantações, agravando a crise alimentar que afeta mais da metade da população. Na República Dominicana, uma pessoa morreu, 750 casas foram danificadas e mais de 3.700 pessoas estão desabrigadas.
O fenômeno deve atingir Cuba ainda na terça-feira, com alertas de furacão nas províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo e Holguín. Estão previstos até 51 cm de chuva e marés de tempestade nas regiões costeiras.
Autoridades americanas também monitoram o furacão, pois a presença militar dos EUA no Caribe pode ser afetada. Dezenas de navios de guerra e aeronaves destacados para a região — parte da operação de pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela — estão em alerta máximo.
Para piorar a situação, um terremoto de magnitude 6.5 foi registrado nesta segunda-feira (27) a leste de Curaçao, segundo o Centro de Estudos Geológicos dos EUA (USGS). O tremor ocorreu a 10 km de profundidade, mas não gerou alerta de tsunami.
“Estamos entrando em um período muito sério nos próximos dias”, afirmou o ministro dos Transportes da Jamaica, Daryl Vaz, pedindo à população que siga as orientações oficiais e evite deslocamentos.
O diretor do Serviço Meteorológico Jamaicano, Evan Thompson, disse que o país enfrenta uma tempestade histórica e que todas as regiões da ilha serão afetadas.


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