Nos meses de dezembro e janeiro, o Poder Executivo entregou 100 mil comprimidos do Tamiflu alcançando os 52 municípios
Para se ter uma ideia, nos meses de dezembro e janeiro, o Poder Executivo entregou 100 mil comprimidos do medicamento alcançando os 52 municípios e contribuindo no combate ao surto de Influenza registrado no Estado.
A gerente técnica de Vigilância Epidemiologia da Agevisa, Maria Arlete da Gama Baldez, explica que a quantidade de medicamentos distribuídos nos últimos dois meses, corresponde a três vezes mais o que é consumido mensalmente em outras ocasiões.
“Este ano a nossa programação foi totalmente superada, tanto que só no mês de dezembro distribuímos 40 mil comprimidos de Tamiflu de 75 miligramas. A nossa média de consumo não chega a 25 mil por mês”, detalha a gerente.
Mediante a situação, a Agevisa solicitou ao Ministério da Saúde (MS) mais 60 mil comprimidos para o mês de janeiro e todos também foram distribuídos. “No dia 10 de janeiro fizemos essa distribuição tanto para os municípios quanto para as Regionais de Saúde”, explica.
O medicamento também foi entregue para Unidades de Saúde da gestão estadual, como hospitais de referência e hospitais regionais. “Estamos praticamente sem Tamiflu. Já entramos em contato novamente com o Ministério da Saúde solicitando um quantitativo adicional, e não está sendo fácil atender porque o Brasil inteiro está passando por uma situação de surto de Influenza e essa medicação está sendo muito solicitada. O quantitativo solicitado é para cobrir o restante do mês de janeiro e fevereiro”, comenta Maria Arlete Baldez.
USO DO MEDICAMENTO
De acordo com a gerente, o uso do Tamiflu é muito importante no tratamento da Influenza, pois evita que um caso leve evolua para caso grave. “Por isso a recomendação é de que essa medicação seja prescrita até 48 horas do início dos sintomas, pois corta o processo de infecção muito rápido. “O paciente que estiver com mais dias de evolução pode tomar o Tamiflu, mas o efeito não será o mesmo de quando toma no período oportuno. Sempre o paciente se beneficia, mas o maior benefício ocorre quando ele toma precocemente”.
Outro benefício do uso da medicação é que reduz a quantidade de vírus Influenza que um paciente expele para o meio ambiente. Com a diminuição da quantidade de vírus circulantes há, também, redução na exposição para outras pessoas. “São essas duas importantes indicações para o uso do medicamento: evitar que um caso leve evolua para caso grave e diminuir a contaminação do meio ambiente. Quando a gente bloqueia a infecção até 48 horas dos sintomas, ele deixa de estar eliminando uma quantidade de vírus muito grande para o meio ambiente”, conclui Maria Arlete Baldez.
DISTRIBUIÇÃO
O diretor-executivo da Agevisa, Edilson Silva, explica que a logística de entrega do medicamento consta de distribuição às Regionais de Saúde. “Equipes de cada município vão até uma Regional de Saúde, pegam seu quantitativo e distribuem entre as unidades de saúde. Essa medicação tem que estar em toda e qualquer unidade de saúde, mas estrategicamente deve estar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), pois são a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS)”, observa.
O Tamiflu é uma medicação adquirida pela Ministério da Saúde, entregue aos estados, que distribuem aos seus municípios, melhorando o acesso da população a essa medicação. “Assim que o medicamento chega no Estado é feita a distribuição; tentamos enviar no menor período de tempo possível e encaminhamos às Regionais de Saúde. Cada município é autônomo para decidir qual a estratégia vai usar, mas o ideal é que a medicação esteja em todas as unidades de saúde, porém a prefeitura deve eleger aquelas que apresentam maior demanda e dar ciência à população de que o medicamento se encontra em tais UBSs”, finaliza o diretor.

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