O Enem para Pessoas Privadas de Liberdade é aplicado nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal de forma simultânea
No primeiro dia da prova (9/01), os participantes terão cinco horas e 30 minutos para a realização dos exames que abordarão sobre: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Ciências Humanas e suas Tecnologias; já no dia 16 de janeiro, serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Os exames serão feitos na própria unidade prisional, e todos os protocolos sanitários devem ser seguidos para conter a propagação da covid-19.
Como todos os anos, o Enem PPL é aplicado nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal de forma simultânea, acontecendo sempre após o Enem Regular. Segundo o Governo Federal, no total, mais de 54,2 mil pessoas privadas de liberdade participarão desta edição em todo o Brasil. Além das unidades prisionais, o Exame será repassado para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas por meio das unidades da Fundação Estadual de Atendimento Socioeducativo (Fease); 55 adolescentes prestarão ao Enem a partir deste domingo.
O titular da Gerência de Reinserção Social da Sejus, Fábio Recalde, destaca que a oportunidade reforça as leis de acesso à educação, reiterando um direito de todos. “O estudo é uma ferramenta de suma importância para que ocorra o processo de ressocialização do indivíduo preso, pois dá a chance para que ocorra uma mudança de comportamento. Eles se sentem mais valorizados como pessoa e com os conhecimentos adquiridos terão mais garantia de conseguir um trabalho digno na sociedade, não retornando à criminalidade”.
Já, o chefe do Núcleo de Educação e Capacitação ao Apenado, Flávio Mendes, diz que: “com a aplicabilidade do Exame Nacional do Ensino Médio, acredita-se que o reeducado terá a possibilidade de ter uma melhor condição de retorno à vida social, uma vez que a Educação é capaz de transformar o indivíduo”.