SEGURANÇA ALIMENTAR: Clientela do Programa "Prato Fácil" está satisfeita com oportunidade de almoçar próximo ao local de trabalho ou em casa


SEGURANÇA ALIMENTAR: Clientela do Programa "Prato Fácil" está satisfeita com oportunidade de almoçar próximo ao local de trabalho ou em casa


Parceria com o programa governamental fez crescer a frequência a restaurantes na Capital

Porto Velho, RO - Na primeira inspeção do ano ao funcionamento dos restaurantes parceiros do Programa “Prato Fácil” em Porto Velho, a adjunta da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seas), Liana Lima, ouviu, muitos elogios e sugestões ao aprimoramento dos serviços.

Trabalhadores de diversas categorias e aposentados chegam de moto, bicicletas e muitos, a pé, dos bairros: Jardim Santana, Ronaldo Aragão, São Francisco, Ulisses Guimarães e do residencial Morar Melhor, por exemplo. Às 9h40 já tem fila para a compra da ficha de acesso no Portal das Américas, primeiro a ser visitado.

A faixa etária dos frequentadores inclui crianças a adultos e pessoas com mais de 70 anos, ela constatou, percorrendo os cinco estabelecimentos que atendem a pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), um registro que permite aos governos Federal e Estadual, saber quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil.

Durante seis meses de funcionamento, o Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) garantiu o fornecimento de 140 mil refeições a pessoas carentes.

Nutricionista Ana Paula verifica diariamente a aceitação do cardápio

Em cada lugar, Liana Lima também divulgou os programas Mamãe Cheguei e Mulher Protegida, que a Seas leva à Capital e ao interior do estado.

A nutricionista do Restaurante Portal das Américas, Ana Paula Notário, informa que sete funcionários trabalham na cozinha e no salão, de segunda a sexta-feira, até 15 horas.

Segundo ela o cardápio alterna a cada dia: arroz e feijão e macarrão, com guarnições batata assada, farofa, mandioca, almôndegas, assado de panela, carne moída, carne de porco guisado e frito, costela, frango frito, assado e ensopado, peixe frito e ensopado. Sucos servidos: acerola, cajá, caju, cupuaçu, goiaba e manga. Às sextas-feiras tem feijoada.

No Natal, lembra a nutricionista, o restaurante serviu arroz, feijão, farofa, uva passas, salada tropical, frango assado, salpicão, e gelatina de framboesa.

Alguns beneficiários da zona Leste se manifestam, narrando suas alegrias, fazendo sugestões e compartilhando o dia a dia. Francisco das Neves Ribeiro, 49 anos, três filhos, aposentado por invalidez, já foi frentista e vigilante. Morador do Bairro JK I, atualmente faz tratamento de epilepsia. “Almoço aqui todo santo dia e estou satisfeito com essa oportunidade”, diz.

Alessandra Maria Montes Ferreira, 35, moradora no Bairro Ronaldo Aragão:

“Eu levava marmita de casa até o trabalho, agora almoço aqui, e estou gostando muito”, diz a zeladora que trabalha na repartição do Ministério da Agricultura. Ela tem três filhos.

Juliano Reinolds, 35, e a esposa, Adriane Sarmento, 28, são técnicos em celulares, e moram no Bairro Morar Melhor. “Muita gente ainda não sabe que temos essa comida boa todo dia, aqui”, comenta Juliano.

Luíza Marilaque elogia a abertura da entrega das fichas mais cedo

Luíza Marilaque, 41, tem cinco filhos, o mais velho com 21, é dona de casa e mora no JK II. Leva uma marmita para cada um, dividindo a comida também com outro filho, de 20, paciente mental do CAPS. A vendedora autônoma Marinete Palheta Leal, 47, é quem dá carona de moto a ela, todos os dias. “Gostei muito, porque aqui (Portal das Américas) está abrindo mais cedo”, elogia Marinete.

Vandson Queiroz da Silva, 38, morador no Bairro Aeroclube, a seis quilômetros dali, também chega de moto. Ele é agente de saúde municipal, visitando as pessoas casa a casa, tem um filho de 13 anos que almoça com ele. “Esse almoço aqui melhorou um tanto pra mim, sou grato ao Prato Fácil”.

O mototaxista Alberto Costa, 54, três filhos, morador no Aponiã, costuma almoçar no mais próximo restaurante de suas corridas centrais ou pelos bairros periféricos. “Eu como aqui no Gaúcho (bairro Cuniã), quero provar desse churrasco também”, reivindica. Ao reclamar esse ingrediente, ouviu da secretária-adjunta da SEAS que registrasse a queixa à Ouvidoria.

Também no Gaúcho, a desempregada Naimara Tereza Silva Gaston, 34, do Morar Melhor, pede para falar: “Esta comida está uma maravilha, uma bênção”. Ela frequenta o restaurante desde dezembro do ano passado, depois que começou a passar uma temporada com a mãe, no bairro Flodoaldo Pontes Pinto. Aproveitou a conversa para informar que tem um filho jogador de futebol aluno da Escolinha do Brasuca e que merecer a oportunidade de vê-lo progredir profissionalmente.

Fernando Carvalho: clientes satisfeitos

No restaurante Vistas do Madeira (bairro Triângulo), Katiane Pestana, 43, dois filhos, contou a novidade para suas irmãs que trabalham no comércio do Centro antigo de Porto Velho: “Elas vivem no corre-corre, agora estão sabendo do Prato Fácil”. “Economizei muito, levo três marmitex suficientes para eu e meus filhos; com a economia de energia elétrica e essa comida a dois reais, cuidamos melhor do doente (com CA) em casa”.

Fernando Carvalho, 57, que administra com o filho Fábio Carvalho, o Restaurante Vistas do Madeira, alegra-se por receber clientes do Centro e, ao mesmo tempo, da zona rural, aos quais serve sucos naturais de abacaxi, acerola, cupuaçu e maracujá. O estabelecimento funciona desde 2019 e firmou parceria com o Programa Prato Fácil em maio de 2021. O comerciante tem dois filhos e uma neta, e está satisfeito com a busca da qualidade alimentar e da satisfação dos clientes. “Essa parceria atende ambas as partes; vencemos dificuldades na pandemia, e já ampliamos a equipe de cinco para 12 funcionários, além dos terceirizados que contratamos nos fins de semana”, conta.

Aline Semprebom: satisfação em ajudar o próximo

Aline Semprebom, 35, proprietária do restaurante que leva o seu sobrenome, na Rua D. Pedro II (Centro), diz que o almoço diário vem reunindo lojistas e pessoas carentes.

“A oportunidade dessa parceria, eu reconheço, foi excelente, porque voltávamos da pandemia e não tínhamos certeza de como aconteceria a retomada do funcionamento”, comenta. Aline ouve frequentes agradecimentos e os atribui ao êxito do programa: “Desde o início, fizemos tudo com muito carinho, e agora vemos a rede ampliada; é uma satisfação ajudar o próximo”, acrescenta.

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