ETNOTURISMO: Áreas de cultivo de café nas aldeias da etnia Paiter Suruí ganham status de rota turística em Rondônia


ETNOTURISMO: Áreas de cultivo de café nas aldeias da etnia Paiter Suruí ganham status de rota turística em Rondônia


Desde de 2018 a produção de café indígena é vendida para o grupo “3 Corações”

Porto Velho, RO - O cultivo de café em aldeias da etnia Paiter Suruí em Cacoal é a mais nova rota turística regional, segundo a gestora de Promoção da Superintendência Estadual de Turismo (Setur), Gisele Louise, ao destacar o interesse tanto da população local quanto de quem visita o Estado para conhecer as áreas de plantio a 500 quilômetros de Porto Velho, Capital de Rondônia.

São cerca de 113 famílias indígenas dedicadas ao cultivo do café, cuja produção pode chegar a duas mil sacas em 2021. Participam do programa de desenvolvimento da cafeicultura indígena, a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Câmara Setorial do Café de Rondônia e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

Desde de 2018 a produção de café indígena é vendida para o grupo “3 Corações”, por meio de acordo que prevê o aumento da produtividade com foco na qualidade do café especial sustentável. Organizados em cooperativas, os indígenas Paiter Suruí recebem ainda apoio da Funai, assistência da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

As outras rotas turísticas integram o conteúdo do site “Rondônia Tem Tudo”, editado pela Superintendência Estadual de Turismo (Setur) como plataforma de apoio ao fomento do turismo regional. A plataforma recebe todos os meses mais de 400 acessos de servidores em busca de informações sobre pacotes promocionais e destinos turísticos nos segmentos do etnoturismo (cultura indígena), turismo cultural e histórico, ecoturismo, turismo de lazer, pesca esportiva, gastronômico e outros.

MAIS VISITADOS

Os pontos turísticos mais procurados pelos visitantes em Rondônia são os locais de prática de pesca esportiva, principalmente por causa da grande variedade de peixes de água doce encontrados nos rios dos municípios de Porto Velho, Candeias do Jamari, Costa Marques, São Francisco, Pimenteiras, Cerejeiras e Cabixi.


Encontro das águas dos rios Pacaás Novos com o Mamoré, em Guajará-Mirim

No Vale do Guaporé é possível conhecer a beleza do encontro das águas dos rios Pacaás Novos e Mamoré, e desfrutar de opções de turismo cultural e histórico, em municípios como Guajará-Mirim e Costa Marques.

Na região, além do turista poder visitar o Forte Príncipe da Beira, construído pelos portugueses na época da colonização do Brasil, é possível acompanhar uma vez por ano a Festa do Divino, originária de Portugal e incorporada à cultura da região, da qual participam as comunidades católicas brasileiras e bolivianas que habitam às margens do rio Guaporé.

A pesca esportiva é outra atração, principalmente para turistas estrangeiros adeptos dessa modalidade. Em Guajará-Mirim predomina o turismo de lazer, opção oferecida por hotéis fazenda na região de Candeias do Jamari.

Em Porto Velho, despertam grande atenção os registros históricos encontrados no Memorial Rondon, o Monumento das Caixas D’Água (Três Marias), a arquitetura da Catedral Sagrado Coração de Jesus (Igreja Matriz), a Capela de Santo Antônio, onde surgiu a cidade, e o Espaço Alternativo, local de prática de lazer e caminhada da Capital.

Ji-Paraná oferece como um dos pontos fortes o agronegócio e, em Ouro Preto do Oeste, os atrativos são o Vale das Cachoeiras, o Parque Graúna e várias outras opções de ecoturismo.

Destacam-se também as cachoeiras de Alta floreta e de Alta Alegre dos Parecis, Vale das Cachoeiras e o Parque Aquático de Cacoal. Em Ariquemes predomina o turismo de negócios, com uma várias agroindústrias, e a produção de tambaqui, principal prato da gastronomia regional, e espécie que já é exportada para outras regiões do país.

Gisele Louise explicou ainda que o programa “Viaja Mais Servidor” foi criado para estabelecer um fluxo de turismo no Estado, após se chegar à conclusão de que o rondoniense não tinha pleno conhecimento das potencialidades existentes na região. “Como o servidor está mais próximo foi possível fazer um turismo mais rápido”, disse, ressaltando que “as ações estão sendo desenvolvidos para que se chegue em 2030 com o turismo mais consolidado em Rondônia”.

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